Vale e Progress Rail desenvolvem primeira locomotiva 100% elétrica da mineração brasileira

A locomo tiva deve rá entrar em fun cionamento ainda em 2020.

A Vale, em parceria com a Progress Rail, uma empresa do grupo norte-americano Caterpillar, está desenvolvendo uma nova locomotiva de pátio de manobra 100% elétrica, movida a bateria. Além de reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa pela substituição de diesel por eletricidade proveniente de fontes renováveis, o equipamento também irá reduzir a emissão de ruídos, minimizando os impactos nas comunidades que moram no entorno das operações da Vale.

A previsão é que a locomotiva EMD® Joule entre em fase-piloto neste semestre na Unidade Tubarão, em Vitória (ES). O equipamento está em fase de construção na planta industrial da Progress Rail, em Sete Lagoas (MG). As baterias da EMD® Joule terão capacidade de armazenamento de 1,9 MWh, expansível até 2,4 MWh, podendo operar até 24 horas sem necessidade de parar para recarregar.

Menos emissões de gases

A locomotiva de pátio 100% elétrica faz parte do Programa PowerShift de substituição da matriz energética da Vale por fontes limpas. Esta iniciativa contribui com a estratégia da Vale de redução de suas emissões diretas e indiretas (escopos 1 e 2)1 em 33% até 2030, a partir de 2017. Essa meta está alinhada ao Acordo de Paris.

Atualmente, as emissões das ferrovias representam cerca de 10% do total de emissões de escopo 1 e 2 da Vale. Se a tecnologia se mostrar viável, os equipamentos elétricos poderão contribuir para reduzir as emissões das ferrovias.

Segundo Gustavo Bastos, gerente-executivo do Centro de Excelência, Tecnologia e Inovação de Ferrosos, os testes com a locomotiva-piloto de manobra, em Tubarão, serão fundamentais para o plano de redução de gases de efeito estufa da Vale. “Esse equipamento representa um marco na estratégia de descarbonização dos ativos da Vale e está alinhado com o novo pacto estabelecido com a sociedade”, afirma Bastos.

*As emissões de escopo 1 são provenientes de fontes próprias ou de controle operacional da Vale, enquanto as de escopo 2 são indiretas, relativas a geração de energia elétrica comprada pela empresa.