Além dos itens incluidos na cesta básica das famílias atendidas pelo CRAS o Projeto Absorvendo Bem-Estar atende também as estudantes do município oferecendo absorventes nas escolas
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Social da Prefeitura Municipal de Nova Era lançou, neste mês de fevereiro, o projeto: Absorvendo Bem-Estar . O programa visa atender as famílias que são assistidas pelo CRAS e possuem mulheres em fase menstrual com a distribuição gratuita de absorventes. As escolas municipais também terão os absorventes a disposição das alunas.
O objetivo é combater a pobreza menstrual em Nova Era e permitir que todas as mulheres tenham acesso a higiene digna.
A pobreza menstrual é um problema pouco visto, mas que atinge milhares de brasileiras que não conseguem ter absorventes com frequência e acabam usando métodos não indicados. Um estudo feito pela UNFPA e UNICEF indica que no Brasil cerca de 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu domicílio. Outras 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas, como absorventes, sabonetes ou mesmo banheiro.
Outro fator percebido, inclusive em Nova Era, é a evasão de alunas no período menstrual, por não possuir os itens necessários para o cuidado, elas acabam optando por não comparecer à escola no período em que estão menstruando. Portanto, esse é um projeto de saúde pública, educação, saneamento, dignidade e inclusão.
Os principais objetivos do projeto são assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para as mulheres jovens e adultas, reduzir o número de evasão escolar durante o período menstrual e garantir que as famílias que vivenciam vulnerabilidade socioeconômica tenham acesso aos itens básicos.
A menstruação, apesar de ser uma questão fisiológica tão comum, ainda parece ser um tabu cercado por desinformação. Por isso, observa-se também a importância de propagação de mais informações e educação, para que crianças e jovens tenham consciência de seus corpos e processos fisiológicos sofridos, para que a menstruação deixe de ser um tabu, e seja encarada da maneira correta um processo natural vivido por corpos femininos, que merece cuidado.