Um casarão histórico localizado no número 194 da Rua Tiradentes, no Centro de Itabira, encontra-se em estado avançado de degradação e com risco iminente de desabamento, levando a Prefeitura Municipal a ajuizar uma ação judicial com pedido de liminar para autorizar sua demolição. A medida drástica se faz necessária devido ao comprometimento da estrutura do imóvel, causado por uma obra irregular em um terreno particular na Avenida Daniel Jardim de Grisolia.
A obra, q
ue envolveu movimentação de terra sem a devida autorização da Prefeitura, está interditada desde janeiro do ano passado. A situação do casarão se agravou desde então, culminando na necessidade de intervenção urgente para garantir a segurança da população.
Laudos técnicos atestam risco de colapso
A decisão de solicitar a demolição judicialmente foi embasada em três laudos técnicos independentes, emitidos a partir de solicitações do Poder Judiciário, do Ministério Público de Minas Gerais e da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec). Os três documentos convergem ao atestar a situação crítica do casarão, apontando para um quadro avançado de degradação, com sério risco de desabamento e colapso estrutural.
De acordo com os laudos, a demolição controlada se apresenta como a alternativa mais viável para evitar que o possível colapso da estrutura do casarão atinja o imóvel vizinho, colocando em risco a integridade física de lojistas, moradores e pedestres que circulam pela região. A Prefeitura prioriza, acima de tudo, a segurança da população itabirana.
Prefeitura busca desapropriação para preservar o Centro Histórico
Além da ação judicial para a demolição, a Prefeitura de Itabira também está preparando um decreto de desapropriação do terreno onde se localiza o casarão. O objetivo dessa medida é assegurar que o espaço não seja utilizado para fins que estejam em desacordo com as características e diretrizes do Centro Histórico da cidade, preservando assim o patrimônio local.
A administração municipal demonstra preocupação em conciliar a necessidade de garantir a segurança da população com a preservação da história e da identidade da cidade, buscando soluções que minimizem os impactos negativos e assegurem a integridade do patrimônio histórico de Itabira. A expectativa é que a justiça conceda a liminar o mais breve possível, permitindo a demolição controlada e evitando uma tragédia. A população acompanha atenta os desdobramentos deste caso, que expõe a fragilidade de construções antigas frente a intervenções irregulares.
