Em mais um movimento estratégico, o prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage, recebeu o secretário de Estado de Governo de Minas, Marcelo Aro, nesta quinta-feira (27), para centralizar a pauta na segurança pública e no planejamento da infraestrutura que visa a sustentabilidade econômica do município no cenário pós-mineração.
A principal demanda de segurança discutida foi a elevação do 6º Pelotão do Corpo de Bombeiros Militar de Itabira para a condição de Companhia. Esta não é a primeira vez que Marco Antônio Lage leva a proposta ao Governo de Minas, reforçando a urgência da medida que visa adequar a estrutura de segurança ao crescimento populacional de Itabira e à complexidade das operações. A transformação do Pelotão em Companhia é um passo crucial para o atendimento de 16 municípios da região, permitindo a duplicação do efetivo (potencialmente dos atuais 25 para cerca de 50 bombeiros), reforçando o comando e melhorando os índices de atendimento. O diálogo com a corporação também abrange a aquisição de um caminhão bomba-tanque e a implementação do projeto Bombeiro Mirim.
“A elevação do 6º Pelotão é uma necessidade real para Itabira. A presença do secretário Marcelo Aro, em Itabira, demonstra que o Estado está sensível à pauta e comprometido em fortalecer a segurança, além do aspecto social na nossa cidade,” afirmou Marco Antônio Lage.
O secretário Marcelo Aro reconheceu a legitimidade da reivindicação: “O Corpo de Bombeiros atende 16 municípios da região. Entendo que essa transformação representará avanços significativos para toda a região,” destacou Marcelo Aro.
Outro tema de grande importância, vinculado ao Plano Itabira Sustentável, é a necessidade da duplicação das rodovias MG-434 e MG-120 (e trechos da MG-129) que conectam o município à BR-381. Lage enfatizou que a duplicação é um gargalo de infraestrutura indispensável para a diversificação econômica e a preparação da cidade para o futuro pós-mineração.
“Tenho dito sempre, essa é uma obra que aproxima Itabira da capital e do aeroporto de Confins. Isso é fundamental para as pretensões de diversificação econômica da cidade. Ao lado da questão da água, que já está sendo resolvida com o projeto do Rio Tanque, essa expansão da malha rodoviária é outro gargalo importante que precisamos garantir. E para isso, precisamos da parceria do Governo de Minas,” destacou o prefeito.
Para viabilizar as obras de infraestrutura, o secretário Marcelo Aro indicou um caminho financeiro: a privatização da Copasa. Ele sugeriu que os recursos obtidos com a venda podem ser direcionados para investimentos em infraestrutura, como parte do acordo para abater a dívida de Minas Gerais com a União.
“Eu não estou fazendo nenhum compromisso até porque temos que consultar os responsáveis da área, mas nós temos uma janela de oportunidade agora com a privatização da Copasa. O recurso tem que ser usado… tem que ser investido em infraestrutura. Então é um recurso alto, nós estamos falando de R$ 1,4 bilhão por ano que a gente precisa investir em infraestrutura para além daquilo que nós já investimos. Agora é a hora da gente evoluir nessas tratativas. Eu saio daqui com essa missão, com essa responsabilidade. No que eu puder fazer para ajudar, podem ter certeza de que o propósito é o mais republicano e correto possível,” finalizou Aro.
A proposta de desestatização da Copasa está em fase avançada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
